A CIDADE História

Existem documentos datados de 1787 e 1818, no Museu de Manaíra, que dão conta da existência de uma sesmaria com o nome Alagoa Nova, vários anos antes dessas datas. As primeiras habitações dessa região foram construídas nos sítiosBelém, Algodões, Quixaba, Poço do Cachorro e Olho d´Água. A povoação, ao lado da lagoa ali existente, é citada como tendo início em 1840, como desenvolvimento da fazenda Alagoa Nova (primeiro topônimo que recebeu a povoado) pertencente aos descendentes de Joaquim Ferreira: Antônia (que se casou com Manoel Pereira da Silva); Balbina e Catarina (que doaram a parte das terras para constituir o Patrimônio da Capela. Também tinham mais dois irmãos: Severina e João Ferreira, que já eram falecidosnessa data citada.

O Sr. Manoel Pereira da Silva, após o casamento com Dª Antônia, assumiu o controle da fazenda e iniciou as primeiras construções do povoado. Na época, adquiriram pequenas faixas de terra e construíram suas casas, os senhores Manoel Pequeno, Severino Benedito e Belarmino Nogueira. Há informações de que o senhor Cândido Soares já residia, à margem da Lagoa, antes de 1840.

Em 1870, foi construída a primeira capela do local, oferecida a São Sebastião, em terreno doado pelas irmãs Catarina e Balbina, da família Ferreira Rabelo Aranha. Posteriormente, no século seguinte, foi construída a igreja atual que hoje serve como Matriz, tendo por padroeiro, inicialmente, o Divino Espírito Santo e, atualmente, a padroeira é Nossa Senhora das Dores.

Em 1877, o comércio já apresentava bom desenvolvimento e o proprietário da fazenda Alago Nova, Manoel Pereira da Silva, foi seu primeiro comerciante. Ele instalou uma “bulandeira”, engenho primitivo para descaroçar algodão, também utilizado na moagem de cana-de-açúcar para a fabricação de rapadura e aguardente.

Na divisão administrativa do quinquênio 1939/43, aparece pela primeira vez, com a denominação de Vila de Manaíra.

O topônimo foi escolhido em homenagem a uma índia de nome Manaíra, vocábulo indígena que significa Mel Cheiroso, segundo o historiador Coriolano de Medeiros, ou,Abelha Cheirosa, variação da toponímia Tupi. Conta a história que ela havia sido prometida em casamento,por seu pai, ao cacique Piancó (nome de outro município paraibano, região que habitava), chefe da grande tribo dos Corema, mas que fugira com um índio da tribo dos Oitis (de Manaíra), a quem amava. Por conta disso foi perseguida e assassinada por seu pai e índios de sua própria nação indígena, juntamente com o companheiro, no sítio “Salgada”, vizinho ao sítio "Oiti", ambos situados em terras do atual Município de Manaíra. Dessa tragédia romântica, narrada por Coriolano de Medeiros, originou-se o nome da cidade.

A emancipação política foi conseguida através da Lei Estadual nº 2.659, de 21 de dezembro de 1961, pela iniciativa do manairenseAntônio Antas Diniz, enquanto Presidente da Câmara de Vereadores de Princesa Isabel (PB) e defendida na Assembleia Legislativa pelo Deputado Antônio Nominando Diniz. A instalação oficial do município ocorreu a 31 do mesmo mês e ano, desmembrado de Princesa Isabel e formado por dois distritos: o da Sede e o de Pelo Sinal.

Fonte: Fundação Sócio Cultural Antônio Antas Diniz. Disponível em: www.manaira.net